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Um total de 17 hortas já foram plantadas e 4.622 alunos passaram pelas atividades nas escolas da zona leste de SP, desde 2004. |
a organização CIDADES SEM FOME promove a integração social de grupos vulneráveis, utilizando como ferramenta de inclusão trabalhos de horticultura, que contribuem efetivamente na melhora da alimentação das crianças e dos adultos. No caso específico da zona leste de São Paulo, a população apresenta um IDH _Índice de Desenvolvimento Humano 50% inferior ao da zona sul paulista.
13.julho.2015
http://decrescimentofeliz.blogspot.com.br/2015/07/cidades-sem-fome-atraves-da-agricultura.html
A questão da fome, da situação de miséria extrema de um bilhão de habitantes no planeta, continua sendo um motivo de vergonha em um mundo rico, próspero, que produz tanto e que tão pouco se importa com seu semelhante. Um terço de tudo o que é produzido vai simplesmente para o lixo... o que hoje é produzido dá, com folga, para alimentar toda a fome da Terra... 70% da produção mundial de milho e soja vai para alimentar gado, porcos e frangos, para colocar carne no prato de alguns humanos, enquanto outros tantos humanos morrem devido à desnutrição. Desafio em meio ao caos (Sim, porque fome todos sentem todos os dias!), a ONU recomenda que toda a população diminua drasticamente o consumo de carne, enquanto sempre novos movimentos criam projetos para suprir a carência dos menos protegidos.
A CIDADES SEM FOME é uma dessas organizações. A ONG, fundada por Hans Dieter Temp, em São Paulo em 2004, desenvolve projetos de agricultura sustentável, baseados nos princípios da produção orgânica. Seu objetivo é levar a autosuficiência financeira e de gestão para os beneficiários dos projetos. Desenvolve projetos de Hortas Comunitárias, Hortas Escolares, Estufas Agrícolas e Agricultura Familiar, utilizando espaços, áreas públicas e particulares precárias que não possuem uma destinação específica, para criar oportunidades de trabalho para pessoas em vulnerabilidade social e melhorar a situação alimentar e nutricional de crianças e adultos. Desde 2009, a CIDADES SEM FOME desenvolve o seu quarto projeto, que auxilia Pequenos Agricultores Familiares do estado do Rio Grande do Sul a buscar alternativas para o plantio das monoculturas, apoiando-os na transição para uma gestão ecológica e novos negócios.
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01 _ Projeto Hortas Comunitárias
A CIDADES SEM FOME transforma terrenos públicos e particulares da Zona Leste, periferia da megacidade, em hortas comunitárias. O projeto nesta região, conhecida pela vulnerabilidade e pela carência de suas comunidades, visa melhorar a precária situação dos habitantes através de projetos sustentáveis de agricultura urbana, baseados em processos de produção orgânica.
→ 21 hortas comunitárias foram criadas pela CIDADES SEM FOME.
→ Através deste projeto, 115 pessoas trabalham como agricultores urbanos em hortas comunitárias, o que beneficia não só eles mesmos, mas também suas famílias. Com isso, a subsistência de 650 pessoas está sendo garantida.
→ 48 cursos de capacitação profissional foram organizados pela CIDADES SEM FOME. Quase 1.000 pessoas já participaram e foram capacitadas em técnicas de produção de alimentos orgânicos em áreas urbanas e receberam também instruções para buscar meios para a comercialização de seus produtos.
02 _ Projeto Hortas Escolares
A primeira meta deste projeto é facilitar o acesso a alimentos saudáveis, prevenir a desnutrição e a deficiência alimentar de crianças em regiões com vulnerabilidade social para lhes garantir a boa saúde. O projeto, que envolve tanto estudantes, pais de alunos e professores, aborda ao mesmo tempo assuntos como alimentação saudável, a relação homem-natureza e o meio ambiente.
→ 36 hortas foram implantadas e desenvolvidas em escolas públicas pela CIDADES SEM FOME.
→ 14.506 alunos participaram das atividades do projeto Hortas Escolares.
→ Resultados mensurados demostram que o projeto Hortas Escolares melhorou a situação nutricional de milhares de crianças.
03 _ Projeto Estufas Agrícolas
A CIDADES SEM FOME desenvolveu uma metodologia para a construção de estufas agrícolas mais baratas do que o método tradicional que utiliza materias nobres e mais caros como alumínio e ferro galvanizado. A utilizaçao de materiais alternativos permitiu baixar em até 50% os custos e os resultados continuam excelentes. Sem preocupação com o clima, as estufas garantem a safra o ano todo, independente das estações e das variações climáticas. Com as estufas e as técnicas de produção de cultivos protegidos fica assegurada a renda dos participantes do projeto.
→ Sete estufas com materias alternativos já foram construídas pela CIDADES SEM FOME.
→ Atualmente duas outras estufas estão sendo planejadas.
04 _ Projeto Pequenos Agricultores Familiares
O projeto Hortas Comunitárias, com resultados expressivos na área urbana da cidade de São Paulo, foi adaptado e reaplicado para a área rural da pequena cidade de Agudo no Rio Grande do Sul, o estado mais meridional do Brasil. Esta pequena cidade que apostou desde os anos oitenta no cultivo do tabaco está lutando atualmente contra as dificuldades que surgiram dessa monocultura.
→ Atualmente três agricultores estão sendo treinados na diversificação de cultivos, agregação de valor e criação de oportunidades para novos negócios.
→ No projeto estão sendo utilizadas duas estufas agrícolas que foram construídas de acordo com a técnica desenvolvida pela organização CIDADES SEM FOME.
Por que construir Estufas Agrícolas?
O plástico agrícola, também chamado de filme agrícola usado em estufas, foi idealizado para que durante o dia, a luz do Sol (energia radiante) possa transpassar facilmente por suas estruturas, pois o material do filme é transparente para esse tipo de radiação, que possui uma determinada freqüência. Durante a noite, quando as ondas de calor, que possuem uma freqüência diferente da luz solar, são emitidas no interior da estufa, são barradas, pois o material do filme agrícola é opaco para esse tipo de radiação e desse modo garante a permanência de grande parte do calor no interior da Estufa Agrícola. O processo da fotossíntese e a produção de oxigênio são acelerados em ambientes favoráveis – quentes e úmidos, – o que proporciona maior rapidez no crescimento, melhor floração e frutificação. A necessidade dos produtores protegerem as suas culturas principalmente durante os períodos climáticos mais adversos, é o principal fator para que sejam utilizadas estufas e cultivos protegidos. A sua utilização é cada vez maior em todo o mundo, evitando os danos causados por temporais, geadas, nevascas, granizos, frio extremo, ou seja, más condições climáticas. O uso de Estufas Agrícolas possibilita melhor desenvolvimento dos plantios, aumentando a produtividade, proporcionando maior número de colheitas ao ano e nas entre safras. Melhora a quantidade e qualidade dos produtos, independentemente das variações climáticas existentes contribuindo assim para a segurança alimentar e a geração de renda das famílias.
Para saber o passo a passo de como fazer, clique AQUI.
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O Projeto Hortas Comunitárias garante a subsistência da população vulnerável. Quase mil pessoas já passaram pelo projeto, recebendo instruções para a produção de alimentos e a comercialização dos produtos. |
A CIDADES SEM FOME foi criada em São Paulo em 2004 por Hans Dieter Temp, formado em Administração de Empresas e Técnico em Agropecuária e Políticas Ambientais. Em 2013 Hans Dieter Temp foi selecionado e agraciado com o título de Empreendedor Social “Changemaker” pela Ashoka. A organização recebeu vários prêmios nacionais e internacionais como o Prêmio Milton Santos em 2014 concedido à entidades e pessoas que contribuíram com a cidade de São Paulo. Em 2012, a CIDADES SEM FOME foi selecionada pela Caixa Econômica Federal por ter cumprido as metas estabelecidas pelos Objetivos do Milênio da ONU. Recebeu também o Prêmio Finep em 2011 para Inovações Tecnológicas, o Dubai International Award for Best Practices 2010 (UN-HABITAT), e o prêmio AEA de Meio Ambiente 2009. ( Cidades Sem Fome.org )
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